Comprometido com a geração de emprego e renda, o Governo do Estado mantém os serviços do Núcleo de Apoio ao Trabalho (NAT) em constante atividade. O órgão é vinculado à Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem) e, de acordo com a superintendente Marcela Prudente, este ano já viabilizou a contratação de 800 pessoas e encaminhou outras 2.750 para entrevistas em empresas parceiras. Além de divulgar semanalmente oportunidades de emprego, o NAT também qualifica os candidatos por meio de cursos.
Larissa Caroline estava sem trabalhar desde o início do isolamento social, em 2020. Ela conta que foi desligada de seu antigo emprego devido à pandemia da Covid-19 e, desde então, tentava se recolocar no mercado de trabalho. Foi por meio da intermediação do NAT que ela saiu do desemprego.
“Fui ao NAT e vi que tinha vaga para atendente de cafeteria. Como tenho experiência como atendente de um restaurante, me colocaram para concorrer e, finalmente, consegui ser empregada”, relembrou. “Estou grata pela oportunidade!”, reconheceu.
O NAT também foi o responsável pela seleção de jovens entre 18 e 29 anos, sem experiência formal, inscritos e selecionados no início do mês para o Programa Primeiro Emprego (PPE). A turma iniciou os cursos no segmento varejista, fruto da parceria entre o Governo do Estado e o Grupo Cencosud, com a possibilidade de pelo menos 30% dos selecionados serem contratados ao final dos seis meses de qualificação.
Renan Lima, de 25 anos, por exemplo, está entre esses jovens e disse que tentava há algum tempo entrar no mercado de trabalho. “A expectativa é que agora eu consiga alguma coisa. Para mim foi uma ótima iniciativa!”.
Neste caso específico do PPE, disse a superintendente do NAT, muitos cursos não tinham grade curricular de acordo com as necessidades do Cencosud.
“Construímos uma trilha do conhecimento dentro do que pudesse ser contemplado. O cargo de operador de perecíveis, por exemplo, não tinha curso. Trata-se de um profissional que faz o atendimento no balcão, mas também faz corte de frios, às vezes trabalha no açougue e hortifruti”, relatou Marcela Prudente, ao informar que o Cencosud validou a grade do NAT.
Parceria
O empresário André Moraes, dono de uma cafeteria no Bairro Salgado Filho, em Aracaju, procurou o NAT para captar dois novos funcionários, um deles foi Larissa Caroline. “Fui pessoalmente ao NAT e fui muito bem-recebido, diga-se! Passei todas as necessidades para cada candidato e uma delas era possuir carteira de habilitação AB”, informou o empresário, que já está com os dois funcionários que buscava. “Dessa seleção tiramos uma, que é a nossa atendente Larissa, e o outro, que não está aqui no momento, porque está em trabalho de campo”.
As vagas da cafeteria foram para atendente e auxiliar de linha de produção. O empresário revelou que seu negócio está em funcionamento desde janeiro e pretende continuar recrutando, porque vislumbra o crescimento.
NAT
O NAT é o setor da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo responsável por divulgar as vagas de trabalho para a população. Ele funciona como um intermediador de mão de obra ao receber as demandas das empresas. Os interessados se inscrevem e é feita uma triagem de acordo com o perfil. A relação de candidatos é enviada para o empregador e, estando aptas, as pessoas são contratadas.
Quando o NAT recebe a vaga das empresas, são apontados os requisitos técnicos de preferência do empregador. Por meio de triagem, o núcleo busca perfis com a expertise desejada. A maioria das vagas é para até dois salários mínimos, mas a abrangência é diversificada, chegando a recrutar desde desenvolvedores de tecnologia a auxiliares de limpeza.
De acordo com a superintendente, Marcela Prudente, foram feitos até o momento 2.750 encaminhamentos (pessoas direcionadas para entrevista) e captadas 1.048 vagas. Dentro deste trabalho, de janeiro a outubro, o NAT já contabiliza 800 contratações. O banco de cadastro do NAT atualmente contabiliza cerca de 170 mil sergipanos.
Cursos
No NAT há uma área de qualificação que forma o profissional com base na necessidade do mercado. Para que o candidato tenha mais chance de empregabilidade, são feitos estudos nas áreas mais demandadas e, a partir dessas informações, são ofertados cursos de qualificação.
Os cursos são voltados para a necessidade do mercado, como o cargo de açougueiro, por exemplo, que atualmente está em escassez. “Buscamos realizar estes cursos, porque entendemos que o mercado tem ‘gaps’ [lacunas] e tentamos fazer algo para suprir. Não queremos gastar recursos com qualificação sem gerar empregabilidade de fato”, comentou Marcela.
Em Carmópolis, leste sergipano, foi oferecido, este ano, o curso de retroescavadeiras para 25 pessoas. A empresa no município sinalizou a necessidade e o NAT fez a captação. Em Capela, também no leste do estado, foram ofertados três cursos voltados para mulheres vítimas de violência, que precisavam gerar renda.
No sul e centro-sul, nos municípios de Tobias Barreto e Itabaianinha, foram ofertados cursos de corte e confecção de moda íntima, corte e costura industrial e modelista de roupa. Já na Barra dos Coqueiros, região metropolitana, o curso foi voltado para açougueiro e processamento de pescado, após demanda do município. Para a elaboração dos cursos, o NAT conta com a estrutura do Governo do Estado, além do apoio do Ministério do Trabalho e parceria com o Sistema S.
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