As concessionárias de Sergipe venderam, no mês de agosto, 3.683 veículos, o que representa uma queda de 0,27% em relação ao mês anterior. Na comparação com igual mês de 2022, porém, houve um aumento de 16,15%. Os dados foram divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em São Paulo. Os emplacamentos em 2023, no estado, somam 26.423 unidades, contra 21.522 nos primeiros oito meses do ano passado, numa alta de 22,77%.
De acordo com o levantantamento, o setor de automóveis e picapes, fechou agosto com 1.179 unidades emplacadas, o que representa um crescimento de 15,48% ante agosto/2022. Já o segmento de motocicletas cresceu 20,48%. Os emplacamentos de caminhões e ônibus, por sua vez, encolheram.
No país como um todo, segundo a Fenabrave, os emplacamentos de veículos, considerando a média de todos os segmentos automotivos, fecharam o mês de agosto com resultado estável sobre o mês anterior. Houve alta do setor em geral na comparação com agosto de 2022 (+7,2%) e no acumulado do ano (+13,7%), com o bom resultado sendo puxado, principalmente, por motocicletas.
Apenas o segmento de automóveis teve baixa em relação a julho, quando aconteceu o esgotamento dos recursos das MPs – Medidas Provisórias 1.175/1.178, que estimularam a comercialização de veículos sustentáveis no País.
Crédito
“As ações do Governo Federal permitiram o acesso do consumidor, que havia perdido poder compra, aos veículos de entrada, o que demonstrou que o fator preço influencia na escala necessária para a recuperação do setor. As MPs foram muito importantes para aquecer, momentaneamente, o mercado, mas o resultado de automóveis, em agosto, agravado pela piora na oferta de crédito, já deixa clara a necessidade de uma política de fomento industrial de longo prazo. Isso porque algumas marcas ainda tinham saldo de veículos com descontos patrocinados a oferecer, o que fez com que o resultado não fosse ainda pior”, explica Andreta Jr., presidente da Fenabrave.
“A evolução sobre 2022 é positiva (+13,7%), mas devemos lembrar que os emplacamentos tiveram um desempenho abaixo da média histórica no primeiro semestre do ano passado, devido a uma série de fatores (escassez de peças e componentes, guerra na Europa, alta nos combustíveis), e se recuperaram no segundo semestre. Neste ano, não há sinais de que teremos uma forte recuperação na segunda metade do ano”, alerta Andreta Jr.
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