As empresas de Sergipe venderam R$489,63 milhões pelo e-commerce entre 2016 e 2022, segundo levantamento inédito do Observatório do Comércio Eletrônico, plataforma do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) lançada nesta quinta-feira (11/5). Os dados constam de uma ferramenta que acaba de ser lançada pelo MDIC, o Dashboard do Comércio Eletrônico Nacional, que reúne informações sobre vendas online realizadas no Brasil com emissão de nota fiscal. Para acessar o banco de dados, clique aqui.
No caso de Sergipe, os dados revelam que 81% das vendas (R$394,56 milhões) se deram dentro do próprio estado. Destas, o destaque é para aparelhos celulares, televisores e desodorantes. No caso das vendas para outros estados, que somaram R$95 milhões, os principais produtos foram milho, joias e peças automotivas.
Já as compras dos sergipanos via comércio eletrônico, de outros estados, somaram R$3,85 bilhões (principalmente de São Paulo, Minas e Pernambuco), com destaque para celulares, televisores e desktops.
O Dashboard é a primeira ferramenta pública a agregar números oficiais do comércio eletrônico no país. Até então, boa parte das informações vinha de bases privadas.
“A compilação e publicação das estatísticas está alinhada aos esforços do governo para impulsionar e dar transparência à economia digital”, afirma Uallace Moreira, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC. “O dashboard vai subsidiar o desenvolvimento de políticas públicas para o setor, inclusive para equalizar eventuais concentrações regionais, podendo, ainda, balizar decisões de investimentos das empresas”, completa.
Crescimento
Os dados do Dashboard referem-se às movimentações realizadas entre 2016 e 2022. Neste intervalo de sete anos, o valor total bruto movimentado no país foi de R$628 bilhões.
As vendas online tiveram crescimento exponencial com a pandemia de Covid 19 – e a plataforma mostra o tamanho deste salto no caso brasileiro: as vendas eletrônicas foram de R$36 bilhões em 2016 para R$187 bilhões em 2022.
No panorama nacional, o líder absoluto de compras pela internet entre 2016 e 2022, em termos de movimentação financeira, foi o celular. No período, a venda de terminais portáteis de telefonia, incluindo smartphones, movimentou R$72,1 bilhões, ou 11,5% do total.
Na sequência, aparecem televisores, com faturamento de R$28 bilhões (4,5%), e notebooks, tablets e similares, com R$21 bilhões em vendas. Depois vêm geladeiras ou freezers, R$17,8 bilhões (2,8%); livros, brochuras e impressos semelhantes, com R$16,8 bilhões (2,6%); e máquinas de lavar roupas, com R$10,8 bilhões (1,7%).
A lista completa abrange milhares de produtos – de calçados a filtros d’água, de roupas a sapatos, de alimentos a móveis de madeira, além de cosméticos, medicamentos, bijuterias, acessórios gerais, eletroeletrônicos, pneus, automóveis e até barcos.
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