O Estado de Sergipe entra na reta final da primeira etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa. A meta é imunizar todo o rebanho, de mamando a caducando, e garantir o índice vacinal superior a 90% em imunizações estabelecido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), órgão responsável pelo Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa, estima que 1,3 milhão de bovinos e bubalinos deverão ser vacinados nessa etapa da campanha, que vai até o dia 31 deste mês, com prazo máximo para declarar até 10 de junho.
E para vacinar é muito fácil. No município de Lagarto, centro sul sergipano, o criador Genivaldo Silva da Costa, que possui 45 cabeças de gado em sua propriedade, localizada no Povoado Coqueiro de Baixo, demonstrou passo a passo como deve ser feito na hora de vacinar seu rebanho. Se dirigindo à casa agropecuária cadastrada na Emdagro, o produtor adquiriu seus imunizantes. O frasco contendo 15 doses da vacina saiu a um preço de R$34,50. Ele comprou três frascos, totalizando assim 45 doses.
Com o produto bem acondicionado em caixa térmica e a nota fiscal devidamente emitida pelo estabelecimento agropecuário, o criador pode realizar ele próprio a vacinação de seus animais ou fazer como fez o produtor Genivaldo, que procurou a Emdagro e solicitou orientações ao médico veterinário. “A gente tem muita responsabilidade em manter o gado vacinado. Cumprimos a orientação de vacinar duas vezes ao ano, em maio e novembro, porque entendemos que é muito importante mantermos os animais vacinados contra a doença (febre aftosa)”, disse o criador Genivaldo Silva Costa.
O médico veterinário da Emdagro, Tarcísio Libório de Jesus, destacou que a vacinação ainda é obrigatória em 2023, mas que o estado de Sergipe já se prepara para a retirada da obrigatoriedade da vacinação no próximo ano. “Nós estamos a caminho de sermos zona livre da Febre Aftosa sem vacinação já em 2024, mas esse ano a vacinação ainda é obrigatória e todos os criadores devem vacinar seu rebanho agora em maio e declarar na Emdagro até o dia dez de junho”, destacou.
Comercialização dos imunizantes
No comércio agropecuário os imunizantes têm tido boa procura. “A procura pela vacina está bem alta e nós temos imunizantes para suprir a demanda”, comemorou o vendedor Alan Martins de Almeida, funcionário da Casa do Lavrador, localizada no município de Lagarto. Segundo ele, mais de 80 mil doses da vacina contra a Febre Aftosa já foram comercializadas pelo estabelecimento, que atende também a criadores do norte da Bahia.
Sanções
O criador deverá ficar atento aos prazos tanto da vacinação quanto da declaração junto à Emdagro para que não seja submetido às sanções previstas em lei. Se os animais não forem vacinados no período da campanha, o criador fica sujeito ao pagamento de taxa no valor de R$4,02 por cabeça. Da mesma forma, deverá pagar outra taxa para Declaração de Vacinação fora do prazo, também no valor de R$4,02 por cabeça, a partir de primeiro de junho.
“Além do pagamento dessas taxas, o criador fica impedido de retirar a Guia de Trânsito Animal (GTA) para qualquer espécie, ficando também impossibilitado de transitar ou comercializar o rebanho e de participar de feiras, além de não poder contrair financiamento bancário e terá o cadastro inativado”, comentou a Diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Aparecida Andrade.
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