Cerca de R$4,57 bilhões em valor bruto de produção (VBP) e mais de 330 mil empregos diretos, indiretos e induzidos. Esse foi o saldo alcançado em 2022 pelos projetos públicos de irrigação mantidos pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) na bacia do rio São Francisco. Mais de quatro milhões de toneladas de itens agrícolas, sobretudo frutas, foram produzidos nesses projetos no período. Os dados integram o mais recente balanço de produção da Área de Gestão de Empreendimentos de Irrigação da Companhia.
“A Codevasf trabalha pelo desenvolvimento integrado e sustentável das regiões em que atua. O foco em integração alcança o trabalho conjunto com entidades públicas e privadas, que tornam as regiões de agricultura irrigada implantadas pela Empresa verdadeiros polos de desenvolvimento”, explica o diretor-presidente da Codevasf, Marcelo Moreira. “Os investimentos e o esforço integrado contribuem para a melhoria dos indicadores socioeconômicos, com geração de emprego e renda e impulso a outros segmentos da economia, como indústrias de máquinas, equipamentos, fertilizantes e embalagens; transporte e logística; universidades e centros de pesquisa; e serviços bancários e financeiros”, acrescenta.
A área cultivada nos projetos de irrigação em 2022 foi de 116,6 mil hectares, nos quais atuam 16 mil produtores. No período, houve predomínio da fruticultura irrigada, com destaque, em termos de VBP, para uva, manga e banana, principais culturas dos projetos de irrigação. Investimentos em tecnologia por parte dos agricultores, aliados às melhorias da infraestrutura de uso comum empreendidas pela Codevasf, proporcionam mais qualidade aos produtos dos projetos de irrigação.
“Os investimentos em tecnologia por parte dos agricultores, aliados às melhorias da infraestrutura de uso comum empreendidas pela Codevasf, proporcionam mais qualidade aos produtos oriundos dos projetos de irrigação, trazendo como consequência agregação de valor”, afirma o diretor da Área de Gestão dos Empreendimentos de Irrigação da Companhia, Luís Napoleão Casado.
Os projetos de irrigação da Codevasf também possuem atividades de pecuária e aquicultura, que alcançaram produção de 12 mil toneladas com itens como peixes, leite, carne e camarão. A área destinada a essa produção é de 2,1 mil hectares. O valor bruto de produção alcançado nessa categoria foi de R$ 81 milhões, com destaque para projetos localizados no oeste da Bahia, em Sergipe e em Alagoas.
“É gratificante trabalhar em uma empresa que promove o desenvolvimento regional, fixa o homem no campo e contribui com o movimento da economia nacional”, conclui a gerente de Apoio à Produção da Codevasf, Andrea Sousa.
Investimentos
A Codevasf promove a agricultura na região semiárida do Vale do São Francisco desde a sua criação, na década de 1970. Os investimentos contribuem para a melhoria dos indicadores socioeconômicos, com geração de emprego e renda e impulso a outros segmentos da economia, como: indústrias de máquinas, equipamentos, fertilizantes e embalagens; transporte e logística; universidades e centros de pesquisa; e serviços bancários, financeiros e turismo.
Somente em 2022, houve investimento de R$ 124 milhões na gestão e na melhoria dos projetos públicos de irrigação da Companhia. O Projeto Ceraíma (BA), por exemplo, foi atendido com investimentos em reabilitação e melhorias que permitiram a recuperação de seu potencial produtivo. Em 2022, o projeto alcançou a marca de 11,5 mil toneladas de itens agrícolas produzidos.
Produção, emprego e renda
Os projetos públicos de irrigação implantados pela Codevasf localizam-se nos estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas. A Empresa também atua em outros dez projetos implantados pela Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) na década de 1990 — para compensar famílias que residiam na área onde se formou o lago da usina hidrelétrica de Luiz Gonzaga (PE). Esses projetos são identificados conjuntamente como Sistema Itaparica.
Todos os projetos mantidos pela Codevasf contribuíram, ao longo dos anos, para o desenvolvimento socioeconômico da região onde estão inseridos. Exemplo disso são os polos de Petrolina (PE)–Juazeiro (BA), Formoso e Correntina (BA) e do Norte de Minas Gerais, que têm favorecido o aumento das exportações e da geração de superávits comerciais por meio da oferta de produtos de excelência e de alto valor comercial.
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